29/10/2007

Samhain!

Boa noite!
Desejo-vos a todos um abençoado Samhain, ou como se diz nos ditos populares, um bom Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket! Esta é uma data muito importante no seio pagão. A sua origem data dos antigos povos celtas que habitaram as ilhas britânicas cinco séculos antes de Cristo e marca a entrada do Inverno e o Ano Novo no calendário pagão. O Samhain é um festival de fogo e representa a entrada para a parte sombria e fria da Roda do Ano. As fogueiras devem ser acesas. O frio cresce e a morte passeia pela Terra; o Sol enfraquece cada vez mais à medida que a sombra cresce e as folhas das árvores caem: o Inverno prepara-se. Metaforicamente, o Velho Deus morre e a Deusa Anciã lamenta a sua ausência nos próximos tempos (o Sol está no seu ponto mais baixo, razão pela qual os celtas escolheram este sabbat como representante do Ano Novo). Ele morre mas a sua alma vive na criança não nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. O Rei transforma-se no Senhor da Morte e das Sombras. Segundo as tradições pagãs, na noite de 31 de Outubro os véus que separam o mundo material do mundo espiritual encontram-se mais ténues, facilitando o contacto com os espíritos daqueles que já partiram para o País do Verão. A noite de Samhain é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos. Os antepassados são relembrados e honrados numa ceia silenciosa. Nessa noite, os mortos podem visitar os seus ente queridos e caminhar entre eles. Por esse mesmo motivo era costume deixar bolos e leite nas ombreiras das portas e janelas para apaziguar os espíritos. Eram acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos montes em honra dos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.
Um dos rituais mais importantes e marcantes desta noite tão especial, eram as fogueiras acesas nas casas durante a celebração de Samhain, que eram sempre realizadas pelo druida local. A seguir era realizadas as cerimónias de adivinhação sobre o novo ano que estava para vir, e as fogueiras eram deixadas acesas até à manhã seguinte.
É uma época de recordações, de saudade, mas também de reflexão e novas decisões!

22/10/2007

Thomas, o poeta

Thomas, o poeta

Olá a todos! Esta noite vou contar-vos uma história, repleta de magia! Uma história sobre o fascínio que elfos e fadas exercem sobre os humanos. E que por vezes, tal fascínio pode exercer uma inflência tão grande, que os humanos podem ficar perdidos nas brumas do tempo, para sempre enfeitiçados. Uma história de há muito, muito tempo, que com o passar dos séculos, virou lenda! Esta é a história de Thomas! O poeta inglês que viveu no reinado de Alexandre III, da Escócia, e que viveu durante sete anos no país das Fadas, e que quando voltou ao mundo dos homens, não conseguiu voltar à banalidade da sua vida terrestre. Chamava-se Thomas de Erceldoune, mas toda a gente o chamava de Thomas, o poeta, pois ele era o autor de uma obra poética consagrada aos amores de Tristão e Isolda, considerada hoje em dia, o espécime de poesia inglesa mais antigo do mundo. Um dia, quando ele repousava na colina de Huntly, na periferia dos montes Eildons, que se erguem por detrás do mosteiro de Melrose, Thomas viu uma linda mulher a caminhar na sua direcção. Ela parecia uma amazona! Uma deusa dos bosques! Montada num cavalo branco cuja crina estava ornada com trinta e nove campainhas de prata, que tilintavam ao vento. A sela era feita de marfim incrustado de imensas jóias. Como Diana ou Artémis, trazia na mão um arco e na outra, três galgos pela trela. Deslumbrado com tanta beleza, o poeta tentou agradar-lhe de todas as formas. E ela, aborrecida pelas suas investidas metamorfoseou-se numa horrivel feiticeira, feia e velha, de pele enrugada, lábios defeituosos e um olho fora da órbita. Mas Thomas, que tinha sido vítima do mais forte encantamento, renovou os seus pensamentos e aceitou tornar-se escravo da feiticeira. Ela conduziu-o três dias e três noites por uma caverna subterrânea, onde não havia uma pequena réstia de luz. Seguindo a sua guia terrível, Thomas avançava no escuro. Por vezes ouvia o oceano, por outras atravessava rios de sangue. No terceiro dia, voltaram à superficie, onde os esperava um belíssimo pomar cheio de macieiras. Thomas, esfomeado, queria trincar um daqueles belos frutos, mas a feiticeira proíbiu-o, lembrando-lhe que foi com um gesto desses que o primeiro homem e a primeira mulher foram expulsos do paraíso terrestre. Thomas reparou que aquela que lhe falava era novamente a mulher deslumbrante que ele conhecera na colina de Huntly. Olhando à sua volta pensou que tinha atravessado o inferno e que agora estava no Jardim do Éden. A mulher sentou-se na relva e pediu-lhe gentilmente que ele se deitasse ao seu lado, para que lhe pudesse conceder os favores a que ele aspirava e que tinha merecido com a sua obidência. Depois dos momentos de doçura partilhados, Thomas pousou a cabeça no colo da sua amada, que enquanto lhe acariciava os cabelos, lhe explicava a natureza real do local onde se encontravam. “ Esse caminho à direita conduz os bem aventurados ao paraíso. Aquele que desce pela ravina conduz os pecadores para o castigo eterno, o terceiro caminho tenebroso, conduz a um local de penas mais doces, de onde oraçõe e missas podem tirar os mortais. Mas vês aquele intricado caminho, serpenteando através da planicie até àquele castelo? É o país dos Elfos, para onde vamos agora. O senhor do castelo é o Rei do País e eu sou a Rainha. Mas Thomas, ninguém ali pode saber do que aconteceu entre nós. Razão pela qual, quando ali entrares deverás manter-te em silêncio e não respondas a nada do que te perguntarem. E eu explicarei o teu mutismo, dizendo que te cortei a língua quando te retirei da terra.” Thomas e a Rainha entraram na castelo e dirigiram-se à sala real onde o Rei os recebeu sem suspeitar de nada. O castelo estava em festa. Damas e cavaleiros dançavam a três uma dança escocesa. Thomas, esquecendo-se da fadiga da viagem, juntou-se-lhes na dança, rindo de puro prazer. Ao fim de certo tempo, que lhe pareceu apenas alguns minutos, a Rainha quis falar-lhe em particular. Ela perguntou-lhe se ele sabia à quanto tempo eles estavam ali, ao que ele respondeu que tinham acabado de chegar. - Enganas-te! – disse a Rainha – Estás neste castelo à sete anos terrestres e já é tempo de partires! Thomas, o demónio do inferno chega amanhã para reclamar o seu tributo, e um homem bom como tu é capaz de lhe chamar a atenção, e eu não quero que nada de mal te aconteça! Por isso vamos embora! Quase imediatamente, Thomas e a Rainha foram transportados até à colina de Huntly, onde o seu idílio tinha começado. Antes de se despedir do seu amado, a Rainha presenteou-o com “ a língua que nunca mente “. Thomas objectou em vão dizendo que no seu mundo aquilo podia trazer incovenientes para ele. Que dizer nada mais que a verdade na corte, ou até na alcova de uma dama seria impróprio. Mas ela ignorou-o sorrindo e a partir daquele momento, Thomas, o poeta, nunca mais falou senão a verdade. Desde que uma conversa falasse no futuro, adquiriu a reputação de profeta, pois quisesse ou não, ele só dizia coisas que acabariam sempre por se concretizar. Thomas de Erceldoune, viveu ainda alguns anos entre os homens que o homenegearam pela qualidade das suas previsões. Até que num dia de Verão, pela manhã, surgiram uma corça e um cervo, brancos, saídos da floresta. Atravessaram a aldeia e foram até à porta da casa do poeta. Apesar da sua aparência, ele reconheceu o Rei e a Rainha dos Elfos. Deixando para sempre a sociedade dos homens, Thomas, o poeta, seguiu os animais até às profundezas da floresta para nunca mais voltar. E, se não morreu, ainda aí vive!

20/10/2007

Boas Novas!

Boas Novas! Queridos visitantes do Roda de Prata! Espero que tenham gostado das melhorias que fiz aqui no meu mundo lunar! Já estava farta de ter um blog sem sal! Rsss estou a brincar, claro! Adoro meu cantinho, mas não estava muito acolhedor devido ao facto de ser do novo Blogger. Então ganhei coragem e fiz um lay lindo com a minha sereia - isso tinha de ser, porque adoro ela! E uma amiga blogueira me ajudou com o html! Fantástico, né? Espero que voçês gostem. E tenho uma novidade fantástica, fiquei em 2º lugar da categoria seres misticos, no Magic and Dreams Contest da fadinha Vanessa! Foi na realidade uma honra, ela tem um grande carisma que transmite no seu mundo blogueiro do qual eu adorei fazer parte. E eu, que não sonhava sequer chegar tão longe! Foi de facto, emocionante! Obrigada querida Vanessa pela plaquinha! Está linda demais!
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E também recebi um convite da Mary e da Ju, para fazer parte do Palácio Real, fiquei deslumbrada com o convite delas e faço questão que todos vão lá espreitar, é simplesmente divinal, de uma beleza indescritivél.
Obrigada a todos e um bom fim de semana coroado de Luz!

17/10/2007

Boa Noite! Peço a todos que me perdoem por ter posto o Roda de Prata em obras! Será por pouco tempo! Prometo! Peço a vossa compreensão, pois estou a tentar pôr o meu cantinho mais bonito e acolhedor para todos voçês. Obrigada e muita Luz !

16/10/2007

A Lenda de Son ap Shenkin

Esta noite vou contar-vos uma história. Uma das mais intrigantes. Voçês sabem o que sempre se disse, nas velhas histórias, sobre como se desenrola o tempo quando se está sob a influência das fadas. Dez minutos apenas, podem durar uma eternidade. Esta história fala disso e trata-se de uma lenda, contada de geração em geração. E claro, todas as lendas têem um fundo de verdade...
Uma lenda irlandesa conta a história de um jovem chamado Son ap Shenkin, que numa bela manhã de Verão foi atraído para o bosque por uma canção sobrenatural, tocada por músicos invisivéis. Para ouvir melhor deitou-se à sombra de uma àrvore jovem e vigorosa e deixou-se embalar pela maravilhosa melodia. Assim que as últimas notas de música acabaram, o jovem deu um grande suspiro antes de se levantar. Ficou bastante surpreendido quando constatou que a àrvore onde ele tinha repousado não passava de um tronco morto. Foi para casa contar aos pais a sua aventura, mas no local da sua bela e florida casa, só existia uma moradia velha e coberta de hera. No alpendre estava sentado um homem muito velho que Shon nunca tinha visto antes. Ele aproximou-se do velho e perguntou-lhe o que fazia ele ali. - Moro aqui há quase oitenta anos, meu rapaz. E tu, de onde vens? - Da floresta, senhor, onde só fiquei uma hora. E lamento informá-lo, mas sou eu que moro nesta casa com os meus pais. Não os viu? O velho olhou atentamente para Shon, levantou o sobrolho e respondeu prudentemente: - Não vi ninguém, visto que vivo sózinho desde a morte da minha mulher. Mas diz-me, como te chamas, meu rapaz? - Shon ap Shenkin, senhor, ao seu dispor. Depois destas palavras, o velho senhor ficou muito pálido e a tremer, antes de responder. - Son ap Shenkin! Tu és o meu tio Son ap Shenkin. O meu avô falava-me frequentemente em ti! Tu és um dos meus tios que desapareceu misteriosamente na floresta, numa manhã, e nunca mais voltou! Mal o velho terminou a frase, Son ap Shenkin, oitenta anos mais novo que o próprio sobrinho, foi reduzido a pó.

14/10/2007

Outra Conquista!

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Oi amigos! Que me dizem desta conquista? Gritei! Pulei!Chorei! Enfim, não estava a contar! É um sentimento bom demais para ser verdade. Obrigada Gui, a plaquinha é linda! Aliás todas as plaquinas são lindas, né? Beijossss para todos!

08/10/2007

Olá a todos!
Hoje tinha reservado o dia para tentar dar uma vistoria no meu cantinho e mudar algumas coisas, mas na verdade perdi toda e qualquer vontade que tinha e resolvi só escrever estas palavras como uma forma de desabafo.
Pensamos sempre que há coisas que nunca acontecem a nós! Mas na verdade... bem digamos que uma das pessoas mais queridas que tenho não está a passar por uma boa fase. Acabei de saber a notícia e fiquei muito triste e angustiada. Mas ao mesmo tempo, não sei porque razão, tenho a certeza que vai correr tudo bem. Tenho muita fé e muita esperança que ele vai ultrapassar todos os obstáculos e que vai ficar bom! Tem que ficar e eu acredito muito nisso.
Enfim, não tenho muitas palavras para tamanho desabafo.
No meio disto tudo, chamou-me a atenção um texto que eu tinha retirado de um livro e acho que tem tudo a ver de como me sinto hoje.
“Eis um ramo da macieira de Emain*
que te trago, semelhante aos outros.
Ele tem ramos menores de prata branca
E sobrancelhas de cristal com flores.
Ela vem duma ilha longinqua
ao redor da qual brilham os cavalos marinhos
viajando na espuma das ondas.
Quatro colunas suportam esta ilha
São quatro colunas de bronze
Que brilham ao longo dos séculos no mundo,
Num lugar onde brotam numerosas flores.
É uma terra de bondade e de beleza
Onde abundam os cristais e as pedras preciosas.
O mar arremessa a vaga contra a terra
e nela deposita os cabelos de cristal da sua crina.
Aqui não se conhece a dor nem a perfídia:
Nem mágoa, nem desgosto, nem morte,
Nem doença, nem fraqueza, pois vive-se sob o signo de Emain.
Beleza de uma terra maravilhosa
Onde tudo é maravilhoso
E onde a bruma não tem igual...”

*Emain, ou seja, ilha das macieiras, trata-se de um dos nomes gaélicos da Terra das Fadas, que corresponde à ilha de Avalon das lendas Arturianas. Fonte: Os conquistadores da Ilha Verde de Jean Markale

Entretanto, a minha Amiga Joice doPadilha Terra nomeou-me para uma corrente de 5 amizades blogueiras. Foi uma honra ela me ter nomeado, pois eu admiro muito o seu trabalho! E agora eu também tenho de nomear 5 blogs que eu própria admiro. Por isso, aqui vai:
A minha Jocasta, do blog Memories
A minha amiga Agláe, do blog Apenas Serva
A amiga fadinha Sária, do blog Olhos de Fadas
A minha amiga Gui, do blog Fairy Dreams
E minha amiga Nancy, do blog Lua em Poemas

É sempre dificil escolher só cinco mundos, porque todos os que visito diáriamente são maravilhosos. Pronto, espero que gostem de os visitar tanto como eu!

07/10/2007

Mais uma conquista!

Boa Noite! Vim só para partilhar esta surpresa com voçês! Passei ao Top6, do concurso dos Seres Mágicos da fadinha Gui! Nem sei como expressar esta amálgama de sentimentos, pois nunca pensei chegar até aqui! Fiquei muiiito feliz, na realidade. Significa muito para mim! Não é um selo lindo?
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Obrigada pelo carinho Gui! Adorei! E mais uma vez obrigado a todo mundo por visitarem meu modesto cantinho e por fazerem esta blogueira muito feliz! Um bom começo de semana para todos e muiiita Luz nos vossos caminhos!

03/10/2007

Obrigada Amiga Gui!!!

Que doce esta surpresa da Gui!
Este mês sou destaque no seu lindo e mágico blog!
É muita honra ocupar aquele lugar de contos de fadas!
Nem consigo exprimir o que sinto para palavras, fico meia engasgada, sem jeito...
Até o meu coração parecia que ia saltar...
Obrigada amiga, esta surpresa acalentou-me o coração e deu-me mais energia para esta semana exaustiva de trabalho que parece nunca mais ter fim!

02/10/2007

Boa Noite! Hoje vou contar-vos mais um relato de encontros com a gente pequena. Desta vez, a história também é verídica e data de 1815. Apareceu nos jornais da época e causou sensação. Acho que voçês vão gostar. Aconteceu nas termas de Ilkley Wells, a ocidente de Yorkshire. William Butterfield, o responsável pelas termas, todos os dias de manhã abria as portas que davam acesso aos banhos. Num dia de Verão, logo pela manhãzinha, ele reparou que a chave dessa mesma porta, dava voltas e voltas na fechadura e a porta não abria.Então ele tentou empurrar a porta para a abrir, contudo, mal a empurrava e ficava ligeiramente entreaberta, depressa se fechava outra vez. Por fim, com um esforço maior, conseguiu abri-la totalmente, ouviu-se um zumbido e ele viu abismado pequenas criaturas vestidas de verde da cabeça aos pés, com sensivelmente meio metro de altura. Umas banhavam-se dentro de água, outras tagarelavam e palravam de modo incompreensivel e outras mergulhavam. Pareciam estar a tomar banho. Todavia faziam-no vestidas. No entando, uma ou duas começaram a trepar pelas paredes como esquilos, e William, pensando que elas iam fugir, gritou o mail alto que pôde a palavra "Olá". Então, a tribo debandou apressadamente, tombando e caindo, pernas para o ar, fazendo sempre um barulho idêntico ao de um ninho de jovens perdizes. A visão era de tal forma desconcertante que ele não ousou correr atrás delas. William foi até à banheira para ver se elas haviam esquecido alguma coisa, mas nada viu. A àgua estava clara e limpa, tal como a deixara na noite anterior. Depois foi até à porta para ver se encontrava vestigios, mas nada, tudo estava limpo e calmo. Nem uma gota de àgua no chão! Por fim, William desistiu de as procurar e retornou à sua rotina diária. Mas, de vez em quando, olhava por cima do ombro para ver se as voltava a ver. Porém isso nunca mais aconteceu.

Roda de Prata