28/07/2008

Boa Noite amigos!

Já não vinha actualizar o meu cantinho há algum tempo, mas a vida pessoal e o trabalho, por vezes tomam-nos o tempo todo e os dias passam-se sem eu sequer conseguir pesquisar um texto bonito ou uma imagem bonita para postar.

Queria agradecer a todos os amigos e visitantes pela amizade e pela presença constante...

E também ás minhas amigas fadinhas da Sociedade pela Amizade e pelo Carinho... e pela diversão!

Espero que gostem do post... é dos meus assuntos preferidos!

Abraços de Luz!

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Curiosidades sobre os Elementais da Água!

As ondinas, (nome dado aos elementais da água) funcionam na essência invisível e espiritual chamada éter húmido (ou líquido). Em sua faixa vibratória ela está próxima ao elemento água, e assim, as ondinas podem controlar em grande parte o curso e função deste fluído na natureza. A beleza parece ser uma nota-chave dos espíritos da água. Onde quer que as encontremos representadas na arte e nas esculturas, elas são caracterizadas pela simetria e pela graça. Controlando o elemento água – que sempre foi um símbolo feminino -, é natural que os espíritos da água sejam com mais freqüência simbolizados como fêmeas.

Existem muitos grupos de ondinas. Algumas habitam cataratas, onde podem ser vistas entre os vapores; outras têm o seu habitat nos pântanos, charcos e brejos,enquanto outras, ainda, vivem em claros lagos de montanha. Segundo os filósofos da Antiguidade, cada fonte tinha a sua ninfa, cada onda de mar a sua oceânida. Os espíritos da água eram conhecidos com nomes como oréiades, nerêiadas, limoníadas, náiades, fadas da água, sereias e potâmides. Freqüentemente as ninfas da água tinham nomes derivados dos rios, lagos e mares que habitavam. Ao descrevê-las, os antigos diziam que todas as ondinas se pareciam com seres humanos na forma e tamanho, embora aquelas que habitavam rios e fontes menores tivessem proporções correspondentemente menores.

Acreditava-se que esses espíritos da água fossem ocasionalmente capazes de assumir a aparência de seres humanos normais e realmente associar-se com homens e mulheres. Existem muitas lendas sobre esses espíritos e sua adoção pelas famílias de pescadores, mas em quase todos os casos as ondinas ouviam o chamado das águas e voltavam ao reino de Neptuno, o rei dos mares.

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As Ondinas

Na praia tranqüila murmuram sonoras

As ondas do mar.

E, ao doce das águas murmúrio palreiro.

Na areia dormita gentil cavaleiro

À luz do luar.



As belas ondinas emergem das grutas

De vivo coral,

Acorrem ligeiras, e apontam, sorrindo,

O moço que julgam deveras dormindo

No argênteo areal.



Vem esta, e perpassa do gorro nas plumas

As mãos de cetim.

E aquela, com gesto divino, gracioso,

Nos ares levanta do jovem formoso

O áureo telim.



Essoutra, que lavas, que fogo não vibram

Seus olhos de anil!

Debruça-se e arranca-lhe a rútila espada,

Nos copos brilhantes se apóia azougada.

Travessa e gentil.



A quarta, saltando, retouça, lasciva,

Do moço em redor;

Suspira mansinho, de manso murmura:

"Pudesse eu em vida gozar a ventura

Do teu fino amor!"



A quinta rebeija-lhe as mãos, enlevada

Num sonho feliz,

E a sexta, com trêmula e doce esquivança,

Perfuma-lhe a boca, formosa criança!

Com beijos sutis



E o moço, fingindo que dorme tranqüilo,

Não quer acordar.

E deixa que o abracem as belas Ondinas,

E lânguido goza carícias divinas

À luz do luar...


- Gonçalves Crespo (1846-1883)

02/07/2008

Boa noite, queridos visitantes!

Vim deixar um lindo poema para voçês...
Sou destaque este mês no blog da minha amiga, a fadinha Vanessa, do The Secret Garden!
Façam uma visita e conheçam aquele bosque encantado.
Beijos de Luz!




Navio naufragado

Vinha de um mundo
Sonoro, nítido e denso.
E agora o mar o guarda no seu fundo
Silencioso e suspenso.

É um esqueleto branco o capitão,
Branco como as areias,
Tem duas conchas na mão
Tem algas em vez de veias
E uma medusa em vez de coração.

Em seu redor as grutas de mil cores
Tomam formas incertas quase ausentes
E a cor das águas toma a cor das flores
E os animais são mudos, transparentes.

E os corpos espalhados nas areias
Tremem à passagem das sereias,
As sereias leves dos cabelos roxos
Que têm olhos vagos e ausentes
E verdes como os olhos de videntes.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Roda de Prata