11/06/2013


As Filhas da Água em todos os seus estados
Se os génios da água partilham todos as mesmas características essenciais, distinguem-se uns dos outros pelo habitat.
As sereias vivem no mar, as ondinas frequentam as torrentes e as cascatas, enquanto as ninfas de água habitam nos lagos e nos pântanos. Cada estado próprio à água e às suas metamorfoses, dá um lugar a um tipo de espírito preciso. E como existe água em todo o lado, mesmo no ar e na terra, as donzelas da água existem em número infinito.

Nos gregos da antiguidade, as ninfas, espíritos elementares da água compunham-se em ninfas celestes, as urânias; em ninfas terrestres, as epígeas; e em ninfas da água, as efidríades, também compostas por ninfas marinhas, as oceânides e as nereidas; ninfas dos rios, as naiádes; e ninfas dos lagos, as límnades. Existiam também ninfas dos vales, as napéias: ninfas das montanhas, as oreades; as ninfas das florestas, as dríades, as ninfas dos prados, as melíades; e as ninfas das grutas, as corícidas.
Karl Grun explica esta espantosa variedade de ninfas do seguinte modo:

“A ninfa, que significa mulher fecunda, é um espírito aquático de posição inferior. Existe água em todo o lado. O número de ninfas devia, por isso ser considerável, não só nos oceanos, rios, lagos, e fontes, mas também nos prados e nos bosques, onde o solo é húmido, onde sussurram os riachos, e nas montanhas que roçam as nuvens chega a haver água no ar, no estado de vapor e de nuvens. Sob o Sol e o Céu da Grécia, a imaginação do Homem apenas via por toda a parte, corpos graciosos e rostos amáveis. Esta maneira de conceber o mundo era certamente mais alegre do que a nossa. Tristes sábios de hoje, só encontra á nossa volta hidrogénio, azoto e carbono.”


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– Karl Grun, Les Espríts Elementaires, Vervies, 1891

AS ONDINAS SEGUNDO GEOFFREY HODSON (CLARIVIDENTE) EM WHITENDALE, ABRIL DE 1922


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"Sentado num quiosque recoberto de urze, ao lado de uma cachoeira que jorra de duas enormes pedras antes de cair de uma altura de um metro e meio a dois metros sobre os rochedos cobertos de musgos, faço uma tentativa para estudar as fadas da água, com as quais não é fácil entrar em contacto imediatamente depois de a consciência ter estado sintonizada com os espíritos da terra. Sem dúvida, seus movimentos são mais rápidos e subtis. Sua figura, também se modifica com desconcertante rapidez. Ao observá-las, elas se me afiguram pequenas mulheres, inteiramente nuas, com cerca de dez a quinze centímetros de altura; seus cabelos são longos e caem para trás e usam alguns enfeites, semelhantes a pequenas grinaldas e em volta da cabeça. Elas brincam no meio ou em volta da cachoeira, cruzando-a velozmente em muitas direcções e emitindo sem parar um som frenético, que por vezes chega a configurar um som agudo. Tais chamados são infinitamente remotos, mal chegando a mim, feito o chamado de um pastor que ecoa por um vale alpino. Trata-se de um som vogal, embora não me tenha sido possível identificar até agora as séries de vogais de que se compõe.
Elas podem subir a cachoeira contra a corrente ou nela permanecer imóveis, mas geralmente são vistas a brincar à sua volta ou a cruzá-la velozmente. Quando uma nuvem passa no céu e a cachoeira volta a brilhar ensolarada, elas parecem experimentar uma alegria redobrada; então, incrementam o ritmo de seus movimentos e de sua cantoria. São entre oito a doze ondinas a brincar na cachoeira; algumas são bem maiores do que as outras, tendo a mais alta cerca de vinte centímetros de altura. Dentre as mais altas, uma acaba de expandir o seu tamanho em cerca de sessenta centímetros, para agora se arremeter velozmente cachoeira acima. Algumas possuem auras róseas, outras verde-claras, e um contacto mais directo, que consigo agora estabelecer, mostra-me quão belas e ao mesmo tempo infinitamente distantes, em relação ao homem, são tais criaturas. Elas atravessam de um lado para o outro as grandes rochas que ladeiam a cachoeira sem encontrar qualquer tipo de obstáculo. Sinto-me inteiramente incapaz de atrair a sua atenção ou exercer sobre elas qualquer tipo de influência. Algumas mergulham na poça situada ao pé da cascata, reaparecendo, eventualmente, em meio ao turbilhão de espuma. A grinalda anteriormente mencionada é luminosa e aparentemente faz parte de suas auras."

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Achei este texto no site da Rosane Volpato, durante as minhas longas incursões na internet... nas minhas intensas pesquisas sobre estes seres magníficos... que são os seres mágicos! Achei que seria interessante partilhá-lo com voçês... principalmente com todos os amigos que têem um gosto particular como eu pelos seres encantados.
Há quem diga que as fadas, os elfos e afins... são os seres mais antigos do planeta e mais evoluidos do que nós, humanos... e que estão por aí de modo a proteger a Natureza das barbaridades e das asneiras que nós, humanos, cometemos. E por causa dessas mesmas asneiras, sofremos agora com o aquecimento global... e quem são os culpados? Somos todos nós... que ofendemos e mal-tratamos a nossa Mãe Natureza...
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Gostaria de vos lembrar, a todos que passarem por aqui e lerem estas linhas... estas minhas divagações... que nós por vezes nos esqueçemos... a Natureza não é nossa... nós é que somos da Natureza! Por isso devíamos respeitá-la mais, acarinhá-la mais... e preservá-la... para o nosso futuro... para os nossos filhos.
Perdoem estas minhas divagações...

Roda de Prata