30/07/2007

Humm ... dois aninhos ! Pois é hoje estou de parabéns! Meu marido também é claro eh eh! Completamos hoje dois anos de casados. Além dos onze de namoro, somamos ao todo treze aninhos de muito amor!

28/07/2007

Com a Lua...

Hoje acordei com a lua. De vez em quando acordo assim.Não digo isto no mau sentido, mas porque de vez em quando fico meio zonza, como que deslocada no meio urbano onde vivo e onde por vezes nada parece fazer sentido. O barulho, o trânsito, até o trabalho que subitamente perde todo o interesse. As pessoas falam, falam, falam e eu só quero que elas se calem! Ás vezes parece que fica tipo um ruído de fundo e o mundo pára... e eu grito! Enfim, são aqueles dias que acho que acontecem a toda a gente.
Fico deserta por chegar a casa e rodear-me dos meus bens preciosos, filho e marido, e refugiar-me no meu cantinho.
A meio da tarde fui a uma livraria, mesmo no centro de Lisboa e a senhora que lá estava perguntou-me se eu precisava de ajuda, ao que eu respondi "Sim, por favor! Tem algum livro sobre fadas?". Ela arqueou as sobrancelhas ficando muito séria e apontou para uma prateleira a um canto da loja. Num instante a simpatia inicial fugiu-lhe. Penso que ela me achou maluca porque se afastou. Que gente tão céptica! Tão sem abertura de mente...
Cirandei por ali mas depressa desisti e acabei por ir embora.
Oh... por vezes fico tão cansada por viver rodeada de gente que não acredita em nada a não ser no chão que pisam e nos euros que guardam no banco. Pessoas completamente alheias ao mundo maravilhoso que nos rodeia, mas que só consegue ser visto com os olhos da alma e do coração...
Outras vezes fico triste... triste porque o nosso mundo vai regredindo lentamente. Triste porque já nada tem valor hoje em dia e as pessoas nem sequer se apercebem da sua própria solidão.

23/07/2007

As crianças verdes

Num destes dias estava a ler o "Elfos e Fadas" de Édouard Brasey e chamou-me a atenção a história de duas crianças de tez verde, encontradas nos bosques de Wolfpits, em Suffolk no séc.XII.
" Um rapaz e uma rapariga com uma pele verde pálida foram encontrados nos bosques de Suffolk. Estavam os dois muito assustados e não compreendiam nada do que se lhes dizia. A principio recusaram-se a comer, até que se lhes apresentou um prato de feijão branco com molho que eles devoraram na hora. Eles habituaram-se progressivamente á comida dos mortais, mas o rapaz definhou rapidamente e morreu. A rapariga sobreviveu, perdeu a sua cor verde e aprendeu a falar. Foi assim que ela contou como é que ela e o seu companheiro viviam num país subterrâneo onde não existia nem dia, nem noite, mas uma espécie de crepúsculo permanente. Um dia, entraram numa caverna atraídos pelo ruído de um sino distante. O brilho do Sol deixou-os de tal forma estupefactos que caíram ao chão a berrar de pavor antes de se deixarem agarrar sem resistência pelos humanos."

22/07/2007

Vês essa estrada estreita
invadida por espessos arbustos cheios de espinhos e de urze?
É a vereda da Virtude,
embora poucos a procurem.
E não vês essa estrada larga
que se estende através da clareira de lírios?
É o caminho da Iniquidade,
embora muitos lhe chamem a Via Celestial.
E não vês esta linda estrada
que serpenteia por entre os fetos desta colina?
É a estrada do lindo País dos Elfos,
onde tu e eu nos divertiremos esta noite.
J.R.R.Tolkien, Conto das Fadas, in Faerie.

16/07/2007

Olá a todos!!!
Não tenho tido tempo para dedicar-me à Roda de Prata! O trabalho e a familia têm ocupado 200% do meu tempo ultimamente.
Pode ser que esta semana as coisas se acalmem um bocadito...
A minha prioridade agora é arranjar uma maneira de dar os devidos créditos aos blogs e sites variados onde me inspirei, mas ainda não consigo fazer tabelas nem murais no paint. Vou ver se consigo aprender de vez durante as minhas férias, em Agosto.
Para quem já está de férias... ... Boas Férias!!!

07/07/2007

A Caminho do trabalho...

Vou contar-vos o que me aconteceu ontem a caminho do trabalho. Pode ser que o meu exemplo sirva para vos advertir que a qualquer momento das nossas vidas nos podemos deparar com situações de risco de vida. Ocasionalmente tenho a oportunidade de ir para o trabalho com o meu marido,isto quando os nossos horários coincidem.Quando isso acontece, os dias correm-me sempre bem, mas ontem houve uma excepção. Ás dez para as dez!Entre a nossa conversa do dia a dia e o simples acto de atravessar a estrada na passadeira, claro! Eis que surge um senhor engravatado num carrão, aparentando uns cinquenta e poucos anos, que acelera e quase nos atropela a meio da passadeira. O meu marido exaltado começou logo a disparatar com o senhor quando, para nosso espanto, ele nos surpreendeu com uma arma! Pois é! Uma pistola no meio da cidade.No meio de uma passadeira cheia de gente. Para nós o mundo parou nesse preciso momento! A principio pareceu-nos uma brincadeira de mau gosto, pois era uma arma pequena. Cabia na minha mão! Depois percebemos que era verdadeira, era de ferro. Foi quando caímos numa realidade muito estranha. O velho,esse, tremia que nem varas verdes enquanto dizia baixinho "Olhem só o que me veio parar ás mãos." Eu pensei que ele era um doido varrido. No meio deste filme todo, ficámos estáticos, calados, paralisados. E acho que foi isso que fez com que o homem se fosse embora. Nós ficámos os dois a vê-lo ir. Parecíamos uns parvos, sem sequer nos lembrarmos de tirar a matricula ou gritar, ou que quer que fosse. Só pensei no meu filho em casa. E se o velho tivesse resolvido disparar? Nem gosto de pensar nisso. Demos as mãos e prosseguimos caminho, mas bem devagar apesar de já estarmos atrasados. Percebi que não vale a pena nos chatearmos por tudo e por nada. Ainda mais com desconhecidos na rua. Não vale a pena! Não parem para discutir com estranhos nas estradas. Ou por uma travagem brusca, ou uma ultrapassagem, ou uma buzinadela. Não vale a pena. Nunca se sabe se não nos deparamos com um maluco e as nossas vidas são demasiado preciosas. Esta é a realidade! A realidade de um mundo cada vez mais violento á medida que o segundos passam. Um mundo em que os nossos filhos já não podem brincar na rua, um mundo em que já não podemos apanhar o metro sem ter atenção á carteira, enfim. Sinceramente acho que já não há nada que possamos fazer, a não ser avisar o próximo e rezar por um mundo melhor. Bom fim de semana!

Roda de Prata