07/09/2007

Olá a todos!!! Meu coração está muito feliz hoje. Parece que foi ontem que resolvi criar este cantinho meu e já tenho duas mil visitas! Pfff... nunca pensei que fosse possivel. Também não sabia que era possível conhecer pessoas tão interessantes e desenvolver amizades. Obrigada a todos voçês que tornaram isso possivel. Aqui está um selinho que fiz com todo carinho para quem quiser. Agora quero aquecer os vossos corações com uma história linda que eu li num livro de Juliet Marillier, apesar de estar um pouco modificada de modo a que todos percebam. Fala de amor e de liberdade, afinal uma coisa completa a outra. Espero que gostem, aqui vai:

Há muito , muito tempo atrás, na costa da velha Bretanha, quando todas as pessoas viviam do mar e as crianças desde cedo aprendiam a lançar a rede e apanharem peixe mesmo antes de aprenderem a andar, havia um rapaz que não queria seguir esse caminho. Tudo o que fazia dia após dia era sentar-se nas rochas de frente para o mar, tocando no seu assobio melodias estranhas, vindas da sua imaginação.O pai chateava-se com ele e a mãe chamava-lhe sempre a atenção para ele ir para os barcos pescar. Mas Toby continuava a assobiar as suas estranhas melodias todo o dia, sempre olhando para o mar. As pessoas começavam a temer aquela musica que lhes falava de tristes sentimentos e desejos que lhes tocavam o coração. Com os anos o rapaz transformou-se num homem. Por vezes pediam-lhe que ele tocasse num casamento ao que ele aceitava com relutãncia e saía assim que podia. Numa dessas noites, um homem que remendava umas redes à beira da praia viu Toby sozinho nas rochas escuras assobiando a sua melodia. E de súbito, ao seu lado estava uma bela jovem, de pele pálida como o luar e olhos escuros e líquidos como o próprio oceano.E por uns segundos o homem vislumbrou o que jurou ser mais tarde uma cauda prateada. As pessoas não acreditaram nele, mas o que é certo é que dois dias mais tarde, numa noite quente de Verão, Toby apareceu em casa com a bela jovem. A mãe franzindo as sobrancelhas perante a nudez da rapariga apressou-se a arranjar-lhe um vestido. O pai dividido entre o espanto e o receio, nada disse. Mas a avó disse-lhe “ Não podes ficar muito tempo com ela. Manda-a embora. Por muito que a ames ela pertence ao povo do mar, bastar-lhe-á ouvir um chamamento das ondas e ela voltará deixando-te partido o coração.” Mas Toby não quis ouvir. No dia seguinte, logo pela manhã, Toby e a sereia mudaram-se para longe do mar. Para uma aldeia no interior, onde Toby ganhava o seu sustento tocando em festas e casamentos. A sereia mantinha a casa limpa, amava-o muito e com o tempo deu-lhe duas filhas de lindos cabelos escuros e olhos tão profundos como o mar. As pessoas evitavam passar pela sua casa ao anoitecer, porque ouviam um triste assobio ou então a voz da sereia num lamento tal, que os corações de quem ouvia se apertavam, de tão triste que era aquele lamento. Passaram-se anos, e as coisas já não iam tão bem entre eles. Já não se ouvia o suave assobio. Porque entretanto a esposa de Toby adoeceu. Pálida e muito magra, o seu cabelo outrora negro e lustroso estava agora seco e quebradiço. Os olhos que tinham sido liquidos e escuros como o vasto oceano estavam agora baços. As pessoas diziam que a sereia estava às portas da morte, e Toby já não era o mesmo, porque ela era a mulher da vida dele e ele não imaginava a sua vida sem ela. Então, numa manhã bem cedo saíram da aldeia tão silenciosamente como haviam chegado. Toby, a sua pálida mulher enrolada num xaile e as duas filhas sentadas ao seu lado numa carroça puxada por dois burros. Viajaram até á costa, e a cada passo que os burros davam em direcção do mar mais os olhos da sereia brilhavam enquanto os de Toby se empalideciam e lamentavam. Quando chegaram à praia as filhas pequeninas começaram a brincar nas poças de àgua indiferentes ao frio. Ninguém sabe o que Toby disse à esposa, nem ela a ele, mas conta-se que ficaram ambos de mãos dadas até o último raio de sol brilhar. Então Toby tirou o assobio do bolso e começou a tocar uma melodia misteriosa. E quando essa melodia terminou, a sereia tinha desaparecido abraçada pelas ondas. E na água escura moveram-se caudas prateadas e ouviram-se estranhas vozes entoando uma canção de despedida. Quanto a Toby, voltou para a aldeia com as suas filhas, que mais tarde se casaram, mas ele permaneceu só, apenas com as recordações da sua amada até ao fim dos seus dias.

3 comentários:

Apenas Serva... disse...

Amada,amada,amada! Adorei mesmo o presente!!!Guardei com muito carinho em minhas pastas e já vou usá-lo como capa em algumas pastas de tanto que gostei! muito obrigada mesmo querida!!Desejo que Deus realize todos os Seus sonhos em sua vida viu? E essa estória? do tipo profunda, contada por gerações e que não se confunde no tempo...só mesmo uma pessoa única e especial como voçê é e que estou começando a conhecer para divulgar um texto assim...gosto muito de voçê viu? Que Jesus a protege e a guie em sua luz! Um abraço!

Anónimo disse...

ola miga linda! fico contente por gostares d ser destaque la no concurso! eu n conhecia esse levro mas parece ter uma historia bonita! beijinhos e bom fim de semana!

Danny Kaethanno disse...

Olá garota!!! Passei aqui para lhe desejar uma ótima semana pra você e também pra sua família!... Que Deus abençoe a todos vocês e que vocês possam aproveitar a companhia um do outro o máximo possível, para compensar a distância que de vez em quando se faça necessária!...
Beijinhos carinhosos,tah?!

Roda de Prata