Caros Amigos do Roda de Prata!
Esta noite o meu cantinho está de parabéns, porque completou seis mil visitas! E tudo graças a todas estas amizades que fiz ao longo deste ultimo ano! Ou seja, graças a voçês! Obrigado pela amizade, e presença constante! Obrigada pelo carinho... Obrigada a todos os amigos! Fiz este selinho especial para quem quiser levar... Mil beijos para todos e muitas bençãos para os vossos caminhos!
A Lenda de Lorelei
Lorelei, a pequena sereia do Reno, deu o seu nome a uma triste e bela lenda alemã. Tratava-se de uma mulher extraordinariamente bela, que vivia na cidade de Bacharach-sur-le-Rhin. O seu maior prazer era sentar-se num rochedo perto da margem, e pentear o seu longo cabelo louro, contemplando o seu reflexo na água e cantando uma canção cujo refrão dizia:
- Lorelei, Lorelei, Lorelei!
Lorelei era tão bela, que todos os homens se apaixonavam por ela. Todos sucumbiam aos seus encantos e ela não conseguia recusar os seus avanços. Era uma causa permanente de escândalos na pequena cidade, tanto mais que a maioria dos seus amantes, não suportando que ela não lhes desse o seu amor exclusivo, caíam em languidez, e às vezes suicidavam-se. Em breve, a Igreja soube do sucedido, e o Bispo persuadido que Lorelei era uma criatura do demónio, instrui-lhe um processo de feitiçaria. Interrogou-a longamente em tom severo, mas Lorelei respondeu-lhe com tal franqueza e inocência, que o austero Bispo, sentindo-se tocado no fundo do coração, deixou em liberdade a bela feiticeira. Esta todavia, pôs-se a chorar, dizendo:
- Não posso continuar a viver assim! A minha beleza traz a desgraça a todos os homens. Quanto a mim, apenas amei um homem e foi o único que me abandonou.
O Bispo cheio de pena, propôs a Lorelei que fosse para um convento, para se dedicar a Deus. Ela aceitou com o coração oprimido e pôs-se a caminho, acompanhada por três cavaleiros que lhe serviam de escolta. Chegados a uma falésia que dava para o Reno, ela disse-lhes:
- Deixem-me contemplar, uma ultima vez, o Reno, para que possa lembrar-me dele na minha cela.
Escalou o rochedo, e do cimo, viu um barco que vogava no Reno, então gritou: - Olhem este barco! O barqueiro é o homem que amo, o amor da minha vida! E em seguida, atirou-se ao Reno, sem que nenhum dos três cavaleiros a pudesse impedir.
Desde esse dia, cada vez que um barqueiro do Reno, entra no porto, julga ver, Lorelei, transformada em sereia e a chorar, sentada nos rochedos, penteando os seus longos cabelos de ouro.
E ouvem-se ao longe vozes, que dizem: - Lorelei! Lorelei! Lorelei!
São as vozes dos impotentes cavaleiros, que assistiram á morte de Lorelei.
Lorelei
Não sei o que se passa comigo
Mas sinto o espírito triste.
Uma fábula antiga e ingénua
Embala-me desde a manha.
O ar está mais fresco, a tarde enevoa-se,
O Reno passa, pacificamente;
O cimo do rochedo acende-se
Com os raios do pôr-do-sol.
O seu pente brilha como uma estrela,
Canta baixinho para nós,
E na noite calma e sem véu,
Vibra o seu canto mágico e doce.
Os marinheiros na barca
Sentem uma dor violenta,
Não vêem a rocha que espreita
Apenas levantam os olhos.
Creio que a vaga acalmada
Engole barca e marinheiros
Foi o que fez a melodia,
Da Lorelei, rainha das ondas.
Henrich Hein
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