Boa Noite amigos!
Já não vinha actualizar o meu cantinho há algum tempo, mas a vida pessoal e o trabalho, por vezes tomam-nos o tempo todo e os dias passam-se sem eu sequer conseguir pesquisar um texto bonito ou uma imagem bonita para postar.
Queria agradecer a todos os amigos e visitantes pela amizade e pela presença constante...
E também ás minhas amigas fadinhas da Sociedade pela Amizade e pelo Carinho... e pela diversão!
Espero que gostem do post... é dos meus assuntos preferidos!
Abraços de Luz!
Curiosidades sobre os Elementais da Água!
As ondinas, (nome dado aos elementais da água) funcionam na essência invisível e espiritual chamada éter húmido (ou líquido). Em sua faixa vibratória ela está próxima ao elemento água, e assim, as ondinas podem controlar em grande parte o curso e função deste fluído na natureza. A beleza parece ser uma nota-chave dos espíritos da água. Onde quer que as encontremos representadas na arte e nas esculturas, elas são caracterizadas pela simetria e pela graça. Controlando o elemento água – que sempre foi um símbolo feminino -, é natural que os espíritos da água sejam com mais freqüência simbolizados como fêmeas.
Existem muitos grupos de ondinas. Algumas habitam cataratas, onde podem ser vistas entre os vapores; outras têm o seu habitat nos pântanos, charcos e brejos,enquanto outras, ainda, vivem em claros lagos de montanha. Segundo os filósofos da Antiguidade, cada fonte tinha a sua ninfa, cada onda de mar a sua oceânida. Os espíritos da água eram conhecidos com nomes como oréiades, nerêiadas, limoníadas, náiades, fadas da água, sereias e potâmides. Freqüentemente as ninfas da água tinham nomes derivados dos rios, lagos e mares que habitavam. Ao descrevê-las, os antigos diziam que todas as ondinas se pareciam com seres humanos na forma e tamanho, embora aquelas que habitavam rios e fontes menores tivessem proporções correspondentemente menores.
Acreditava-se que esses espíritos da água fossem ocasionalmente capazes de assumir a aparência de seres humanos normais e realmente associar-se com homens e mulheres. Existem muitas lendas sobre esses espíritos e sua adoção pelas famílias de pescadores, mas em quase todos os casos as ondinas ouviam o chamado das águas e voltavam ao reino de Neptuno, o rei dos mares.
As Ondinas
Na praia tranqüila murmuram sonoras
As ondas do mar.
E, ao doce das águas murmúrio palreiro.
Na areia dormita gentil cavaleiro
À luz do luar.
As belas ondinas emergem das grutas
De vivo coral,
Acorrem ligeiras, e apontam, sorrindo,
O moço que julgam deveras dormindo
No argênteo areal.
Vem esta, e perpassa do gorro nas plumas
As mãos de cetim.
E aquela, com gesto divino, gracioso,
Nos ares levanta do jovem formoso
O áureo telim.
Essoutra, que lavas, que fogo não vibram
Seus olhos de anil!
Debruça-se e arranca-lhe a rútila espada,
Nos copos brilhantes se apóia azougada.
Travessa e gentil.
A quarta, saltando, retouça, lasciva,
Do moço em redor;
Suspira mansinho, de manso murmura:
"Pudesse eu em vida gozar a ventura
Do teu fino amor!"
A quinta rebeija-lhe as mãos, enlevada
Num sonho feliz,
E a sexta, com trêmula e doce esquivança,
Perfuma-lhe a boca, formosa criança!
Com beijos sutis
E o moço, fingindo que dorme tranqüilo,
Não quer acordar.
E deixa que o abracem as belas Ondinas,
E lânguido goza carícias divinas
À luz do luar...
- Gonçalves Crespo (1846-1883)
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